Não é do mundo que me esvazio, é de mim mesma. O primeiro desacata a minha razão, o segundo compromete a minha inteligência.
Não pode haver nada além de esperança para com esta máquina enferma chamada homem e o caos supostamente organizado denominado sociedade. Adoecemos irremediavelmente quando abrimos múltiplas lacunas no complexo da mentalidade e deixamo-nos guiar pelas destemidas singularidades.
Seguimos abnegando, alimentando nossas debilidades com amores, desamores e crenças, subordinando os mesmos valores aos nossos temores, destemores e doenças, deixando-nos arrebatar por estes flagelos de gente, lágrimas e afetos e quantos mais forem necessários elementos pérfidos.
Pobres cínicos do auto-conhecimento, párias do contentamento. Julgamo-nos sobreviventes do deflagrar das incontáveis mazelas psico-sociais. Subestimamos a estatística e a cegueira da sorte. Acreditamos que mesmo após efetuar a travessia por incontáveis vezes, também não seríamos nós, contaminados... e condenados a seduções ignóbeis.
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